28/09/2023 às 08h28min - Atualizada em 02/10/2023 às 00h00min

Apreensões de vinhos falsificados deve bater recorde em 2023; saiba como identificar fraudes

O sommelier Bruno Porto dá dicas de como identificar bebidas adulteradas

Dmitry Goes
Arquivo pessoal


Nos últimos anos o número de apreensões realizadas pela Polícia Federal tem crescido a cada ano. Em 2018, o número de rótulos adulterados identificados pela Instituição era de 45 mil garrafas no Brasil; já em 2021, o número saltou para 595 mil. Segundo um levantamento feito pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras) no primeiro semestre de 2023, a quantidade de vinhos falsificados recolhidos em operações já somava 300 mil unidades, avaliadas em mais de R$26 milhões.

Para não ser vítimas destas fraudes e ter prejuízo e a saúde exposta, alguns cuidados são necessários. De acordo com o sommelier Bruno Porto, algumas medidas podem ajudar os apreciadores de vinhos a não caírem em golpes. “Os consumidores que quiserem ficar livres de produtos falsificados devem se atentar a alguns cuidados. Algumas práticas, embora simples, mas que pode contribuir bastante é: analisar a qualidade das impressões dos rótulos. Normalmente as falsificadas apresentam má qualidade das imagens, principalmente nos detalhes”, comenta o especialista.

“Além dos rótulos, observar o formato das garrafas também pode fazer com que os degustadores não comprem um vinho com sua qualidade comprometida ou adulterada. Muitos falsificadores acabam usando outros modelos de garrafas diferentes dos que são utilizados pelos fabricantes”.

Bruno ainda diz que, o consumo de bebidas falsificadas pode ser prejudicial não só para o bolso, dando prejuízos, mas também gerando problemas de saúde. “O problema de comprar um vinho adulterado não é somente um dano financeiro por adquirir algo de má qualidade, pois um ‘Dv Catena’, por exemplo, que vale, em média, R$ 250,00, quando sofre alterações é vendido por R$ 150,00. Já o ‘Angélica Zapata’, vendido na faixa dos R$ 420,00, pode chegar a valer R$ 180,00, mas também pode gerar males à saúde, sendo que muitas vezes essas bebidas adulteradas são ricas em metanol, substância que é altamente agressiva para o corpo e pode gerar danos ao fígado e provocar até à morte”, completa Bruno.

Para mitigar essas fraudes, em 2019, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) definiu algumas regras para importações de vinhos, entre eles estão: a ausência de água exógena, de corantes e adoçantes e de metais pesados. Além disso, a graduação mínima e máxima de álcool.


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