O Banco Central (BC) optou por uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, estabelecendo-a em 11,25% ao ano. Essa decisão, que vai ao encontro das expectativas do mercado, representa o quinto corte consecutivo na tentativa de ajustar a economia diante do comportamento dos preços. A inflação, medida pelo IPCA, fechou 2023 em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 11,25% ao ano. Esse movimento visa a conter a inflação, que encerrou 2023 em 4,62%, abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4,75%. Esta é a quinta redução consecutiva, representando um ciclo de ajuste após 12 elevações consecutivas da taxa Selic de março de 2021 a agosto de 2022.
A trajetória de alta dos juros foi iniciada para lidar com o aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Antes desse ciclo de aperto monetário, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano em resposta à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19.
Em 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas permaneceu abaixo do teto da meta, fixado em 4,75%. Para 2024, a meta estabelecida é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central no final de dezembro manteve a estimativa de que o IPCA encerraria 2024 em 3,5%.
A redução da taxa Selic tem como objetivo estimular a economia, facilitando o acesso ao crédito e impulsionando a produção e o consumo. No entanto, essa estratégia também pode enfraquecer o controle da inflação. O mercado projeta um crescimento de 1,6% do PIB em 2023, e o Banco Central reduziu sua projeção de crescimento para o mesmo período para 1,7%.