22/10/2023 às 10h46min - Atualizada em 22/10/2023 às 10h46min

Operação Policial em São Roque Recupera Metralhadoras Roubadas do Exército

Polícia Civil

Em uma ação policial intensa e coordenada, nove metralhadoras do Exército, que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo, foram recuperadas pela Polícia Civil na noite da última sexta-feira (20/10), em São Roque, interior paulista. As armas estavam enterradas em um lamaçal, em uma área isolada, quando os policiais interceptaram os criminosos. A apreensão incluiu metralhadoras de calibres variados, incluindo .50, capazes de derrubar aeronaves, e 7.62, com poder para perfurar veículos blindados.

O secretário da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou que as nove metralhadoras recuperadas, cinco delas de calibre .50 e quatro de calibre 7.62, seriam vendidas para o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa notória. A operação teve início após a polícia identificar os suspeitos do furto das armas e rastreá-los até São Roque.


A ação foi marcada por uma troca de tiros entre os agentes da lei e uma dupla de criminosos, que, embora tenha conseguido escapar, deixou para trás um rastro que levou os policiais até o local onde as armas estavam escondidas. O armamento furtado estava enterrado em uma área próxima a um lago, em uma região afastada.

A identidade dos suspeitos ainda permanece desconhecida, e não foram encontrados registros de pessoas baleadas que tenham dado entrada em hospitais nas proximidades do confronto. A ação conjunta das polícias Civil e Militar tem como objetivo localizar os demais envolvidos no crime e esclarecer os detalhes do furto.

Ainda na última semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu oito das 21 metralhadoras furtadas do Arsenal do Exército em Gardênia Azul, comunidade da zona oeste carioca. Nessa operação, nenhum suspeito foi detido. As armas foram oferecidas ao Comando Vermelho (CV), entretanto, tanto essa facção quanto o PCC recusaram o armamento devido à falta de peças e ao estado de conservação das armas.

Por conta do desvio das armas, aproximadamente 480 militares foram mantidos aquartelados para fins de investigação interna desde o último dia 11/10. O isolamento propiciou que o comando ouvisse depoimentos e reduzisse o número de possíveis envolvidos no crime. A maioria dos militares foi liberada na última terça-feira (17/10), mas cerca de 160 permanecem sem permissão para deixar o quartel.

Em decorrência do escândalo do furto das armas de alto poder destrutivo, o comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, exonerou o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, Rivelino Barata de Sousa Batista, transferindo-o para outro estado, como medida disciplinar.

A operação policial em São Roque representa um passo importante na recuperação do armamento furtado, e as forças de segurança continuam investigando e empenhadas na localização das quatro metralhadoras restantes, buscando garantir a segurança da população e a integridade das instituições.


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